Prefácio meguilat ester

A história relatada no Livro de Ester ocorreu há cerca de 450 a.e.c. O preceito mais destacado na observância da festa de Purim é a leitura do Livro de Ester — popularmente chamado de “Meguilá” — na sinagoga, na noite de Purim, e também no serviço de Shacharit, na manhã seguinte. O nome Purim deriva da palavra “pur” — sorteio em persa —, pelo qual Haman estabeleceu a data para aniquilar todo o povo judeu. Apesar de ser uma das cinco Meguilot (Cinco Rolos), é universalmente conhecida como “a Meguilá”, não por ser a mais importante, mas por sua imensa popularidade, por toda a ênfase dada à sua leitura pública e pelo fato de que é a única lida de um rolo de pergaminho. O Livro de Ester, na Bíblia hebraica, é o último das cinco Meguilot. O motivo para isso, segundo o Talmude (Bava Batra 14b), é a sua ordem cronológica, já que Daniel viveu durante os reinos de Nabucodonosor, Belshazzar e Dario; Mordechai e Ester viveram durante o reinado de Achashverosh, e Ezra viveu durante o reinado de Dario II, o sucessor de Achashverosh. Assim também é a sua ordem de leitura durante o ano: o Cântico dos Cânticos, que é lido em Pessach, Ruth, lida em Shavuot, Lamentações, lidas em Tishá BeAv, Eclesiastes, lido em Sucot, e, finalmente, Ester, lida em Purim. Muitas circunstâncias contribuíram para que o Livro de Ester fosse o mais conhecido dos livros bíblicos pela maioria do povo judeu: a circunstância dramática simples e intensa ao mesmo tempo, a vida da personagem, a alegria da festa de Purim na qual ela é lida, e, principalmente, a perene verdade de sua moral. Haman tornou-se o protótipo do perseguidor de Israel e a sua queda sempre consistiu de uma esperança e um refúgio para o povo judeu oprimido em todas as gerações. O livro exemplifica, de modo conciso, mas efetivo, o milagre da eternidade sobrevivência judaica. Mas, afinal, quem é o autor de Ester? Está explicitamente escrito no texto (9:20) que o Livro, ou Rolo de Ester foi escrito por Mordechai, e reescrito em colaboração com a Rainha Ester (ibid. 29). O Talmude (Bava Batra 15a) afirma que ele foi escrito pelo Homens da Grande Assembléia, referindo-se a Mordechai, que era um de seus membros, ou sugerindo que todo o corpo subseqüentemente editou o Livro antes de sua canonização. De acordo com Rashi (9:20), Mordechai escreveu a Meguilá em sua forma presente, e Ester solicitou aos Sábios para comemorá-la por todas as gerações, incorporando-a ao Livro com as Sagradas Escrituras (ibid. 32). Quem quer que seja o seu autor, o importante é lembrar que o Talmude (Meguilá 7a) afirma: “O Rolo de Ester foi escrito por Divina inspiração”. Muitas frases no Livro são apresentadas como evidência de sua origem Divina. A característica mais marcante do Livro de Ester é a omissão do Nome de D’us. Mesmo onde está claro que o autor se refere a Divina Providência, ele se esforça para não mencionar o Nome de D’us. Várias razões são sugeridas para esta peculiaridade. A mais popular é a do exegeta Avraham Ibn Ezra. Ele sustenta que o nosso Livro foi originalmente escrito por Mordechai para ser enviado aos judeus de todas as províncias e foi subseqüentemente copiado pelos Persas e incorporado aos registros históricos de seus reis. Para que estes não substituíssem o nome de sua divindade pagã pelo Nome Divino, ele omitiu-o inteiramente, dando à narrativa o semblante de um conto secular de uma nação escapando por pouco da aniquilação e proclamando um festival para comemorar a sua salvação. Já que o Livro registrado no cânon é uma cópia destas cartas, permanece sem qualquer menção do Nome de D’us. O famoso Rabi Loew, o Maharal de Praga, afirma no seu comentário de Ester, Or Chadash, que a grandeza do milagre de Purim está na sua emanação de uma fonte superior, celestial, oculta a todas as criaturas. Este grande milagre se manifesta como um milagre oculto, sem qualquer fenômeno sobrenatural. Este aspecto oculto se revela na Meguilá com a ausência do Nome Divino. Se o nome de Ester em hebraico significa “ocultamento”, os Sábios afirmam que a menção de “o rei” na história alude ao Santo, Bendito Seja. Em outras palavras, D’us age através de sua “marionete” Achashverosh. O Talmude afirma que “quem lê a Meguilá de trás para a frente não cumpre com sua obrigação”. O Baal Shem Tov oferece uma explicação singular: Se um indivíduo lê a história de Purim pensando que os eventos relatados ocorreram apenas no passado (“de trás para a frente”), e não são relevantes na nossa época atual, não entendeu o sentido da leitura. A história de Purim se relaciona diretamente com o nosso mundo contemporâneo, e nos ensina como um judeu deve se comportar em todas as épocas, assim como ocorreu no passsado. Como o própria Meguilá nos conta, quando celebramos Purim a cada ano, seus milagrosos eventos são “lembrados e comemorados” (Meguilá 9:28) em nossas vidas. Considerando a atualidade dos relatos do Livro de Ester, julgamos oportuno publicar o Livro de Ester comentado para os leitores de língua portuguesa. Várias traduções populares já haviam no mercado. Nós as corrigimos, acrescentando uma bela coletânea dos exegetas mais clássicos do Tanach, fruto do incansável compilador, Dr. Adolpho Wasserman, colaborador assíduo da nossa Editora. Que o Todo-Poderoso abençoe a todos os que colaboraram nesta edição, permitindo aos leitores apreciar esta parte dos Ketuvim, que, conforme disseram os nossos Sábios, mesmo na Era Messiânica continuará a se destacar. Prefácio do livro “Meguilat Ester” – Ano 2009

Source: http://legalsaber.com.br/prefacios/meguilat_ester.pdf

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